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O Blog do Bartender

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Provando os melhores runs do mundo. PARTE 2


“Estas são as tequilas do mundo do rum, pois há plantas de verdade ali dentro”, afirmou David durante a degustação. Eu poderia chamá-los de 'mezcal’ do mundo dos runs, e os aromas rústicos e orgânicos trouxeram à mente os irmãos forçadamente mais vegetais da tequila.
Para nossa degustação, limitamo-nos a destilados mais jovens, colocando um teto de cinco anos de idade para runs e cachaças. Por que incluímos cachaças? Bem, aqui entramos numa área nebulosa que pode eriçar alguns puristas do rum, não fosse pelos efeitos suavizantes de um ou dois daiquiris.
Cachaças são feitas de caldo de cana-de-açúcar, como nos runs agrícolas, embora os métodos de produção possam ser bastante diferentes. Produtores de rum agrícola fermentam o suco fresco logo após sua extração, e produtores de cachaça fervem o suco até um xarope antes de fermentá-lo. Além disso, a cachaça é geralmente destilada a um nível alcoólico mais baixo do que o rum – de 38 a 54 por cento, frente a 70 por cento dos runs agrícolas, que costumam ser diluídos antes do consumo. Legalmente, a cachaça entra na definição americana de rum e é vendida como tal nos Estados Unidos. No Brasil, porém, o rum é definido como sendo feito de melaço.
Além de nosso prazer pela alta qualidade dos runs, todos foram atingidos pelo grau de secura e exigência que eles poderiam demonstrar.
“Eles são misturados e envelhecidos para um paladar de Armagnac, seco, austero e com sabor de nozes”, explicou Dave.
Wells ficou estarrecido com a diferença percebida frente à imagem alegre do rum. “Costumamos pensar no rum como um golden retriever lambendo seu rosto”, disse ele.
Por Eric Asimov, The New York Times News Service/Syndicate, 29/6/2011 21:38

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